A mulher do meu cunhado fez exame de sangue e descobriu que esforço, fé, esperança e privações valeram nada. Depois de três meses, muitas agulhadas na barriga e grana com a inseminação não estava grávida.
E tem gente se mantendo sem bambear as pernas enquanto tabula com mãos e olhos fleumáticos desejo, medo, desespero, segurança ou alegria até na hora em que as pessoas ainda estão gritando.
Chorei pela minha concunhada. E ela chorou bem mais, claro. Se sentindo tão estéril como tantos outros com a mente tão atarantada de necessidades tão pessoais -e por motivos mais complexos e pessoais ainda- e que acabam analisados por quem aprendeu a ver fundo e igual, descascando o que nunca deixou de ser essência. Enquanto chorava quiçá tenha mandado à merda questões psicológicas, biológicas, morais e sociais. Tomara que só tenha recorrido a elas depois de enxugar o rosto.
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