domingo, outubro 19, 2008

Tempo embaçado

O dia está meio quente, meio frio. Nuvens espessas adornam o céu. Relendo o blog de um grande amigo, Claytão, vem à mente recordações do tempo em que morríamos a cada dia, felizes.
Viver talvez seja a coisa mais estúpida que o homem inventou. Em segundo lugar, o sentimento de sentimentos e discernimento. Falta tudo às pessoas. Se parassem e vissem o caos cujas vidas estão jogando, dariam um tiro na cabeça. Um tiro de misericórdia.
A partir de agora começo a postar com título. Apenas para deixar o texto mais bonitinho. Num país em que o analfabetismo grassa, há vários escritores.
Somos uma farsa de pseudo-intelectualidade. Trancafiamo-nos à noite em nosso quarto, sentados em frente ao computador até os olhos secarem, as costas não suportarem mais. De dia, nos deliciamos com as imagens repudiadas na nossa solidão. Dói, criancinha. Não há mais ninguém conosco!
Contei quantos passos eram necessários para atravessar minha rua, precisava saber quão difícil era fazer aquilo. Já para me atravessar, talvez nem meio. Estou podre. Redoma em um vidro empoeirado soca minha cabeça.
Lindemberg deu um tiro de piedade em Eloá. Matava a si mais que a menina. Dois estão mortos, livres!
Um vento frio carregado por gritos infantis chega a minha janela. Estão sorrindo. Vou encostá-la.

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