Pensei que meu roer de unhas fosse apenas falta de nicotina no meu cérebro. Não que esteja eu parando de fumar. Detesto fumar dentro de casa e tenho malemolência demais para sair.
Ontem estava num velório. Gentes chorando sua impotência existencial. Pode ser isto. É! Talvez!
Quando pessoas que gostamos morrem, contra o dia brandimos espadas. Nunca ouvi alguém dizer melancolicamente: “- Que atmosfera agradável, amena!” Não! Vocifera-se contra a chuva, contra o sol, contra o vento, contra a falta de vento, contra o frio, contra o calor. Pretensão demais acreditar que as nuvens e o ar comiseram nossa amargura!
Ao acordar, os dias mostram-se sorumbáticos. Preciso de óculos novos. Talvez! Deveras não desejo.
Meu egoísmo anela incansavelmente que veja você, de sua janela entreaberta, também lúgubres manhãs. Tudo mosqueado pela eterna tristeza. Impossível a mim amar mais que isto.
‘A Puta’, livro de Marcia Barbieri, é o melhor objeto artístico de 2015 por
Arnaldo Afonso para o blog do Estadão
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*E atenção: num magnífico esforço de jornalismo investigativo, consegui em
primeira mão o resultado do ‘Grande Prêmio Arnaldo Afonso’ de melhor objeto
a...
Há 7 anos
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